terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sete planetas

Descoberto sistema com sete planetas

Com informações da BBC - 28/10/2013
Descoberto sistema com sete planetas
É assim que os astrônomos "enxergam" os exoplanetas, medindo a variação da luz recebida de sua estrela quando o planeta passa à sua frente, ou seja, quando ele fica entre a estrela e a Terra.[Imagem: Deeg et al./Nature]
Caçadores de planetas
Astrônomos descobriram um raro sistema planetário com um número de planetas que se assemelha ao do Sistema Solar.
Duas equipes diferentes de pesquisadores apontaram para a recente descoberta de um sétimo planeta ao redor da estrela anã KIC 11442793.
O sistema tem similaridades com o nosso sistema solar - que tem oito planetas -, mas todos os seus sete planetas orbitam muito mais próximos de sua estrela, que está localizada a cerca de 2.500 anos-luz da Terra.
Uma das identificações foi feita por voluntários usando o site Planet Hunters. O site foi criado para permitir que voluntários tivessem acesso a dados públicos enviados pelo telescópio espacial Kepler da Nasa, que foi lançado para procurar os chamados exoplanetas - planetas que orbitam estrelas distantes.
O telescópio Kepler usa o método de "trânsito" para descobrir novos planetas, o que significa procurar pelas curvas de luz deixadas por um planeta quando este passa em frente à sua estrela hospedeira.
Mas a grande quantidade de dados existentes não permite que os cientistas examinem cada curva de luz, e por isso eles desenvolveram programas de computador para procurar a assinatura de um trânsito planetário.
"Este é o primeiro sistema de sete planetas registrado pelo Kepler. Nós acreditamos que a identificação é segura," disse Chris Lintott, da Universidade de Oxford, coautor do artigo do Planet Hunters, que submeteu sua pesquisa ao Astronomical Journal para ser revisada.
Outra equipe de astrônomos de vários países europeus submeteu um segundo estudo registrando sua descoberta do sétimo planeta a outra publicação científica, o Astrophysical Jounal.
Órbita lotada
Todos os sete planetas estão bem mais próximo de sua estrela mãe em uma comparação com as distâncias dos planetas do Sistema Solar. Na verdade, todos caberiam dentro da distância entra a Terra e o Sol - mostrando um espaço bastante "lotado".
"Esta é uma das razões pelas quais eles são fáceis de ver, porque quanto mais perto eles estão de seu sol, mais frequentemente ele giram ao seu redor", disse Simpson.
O novo planeta é o quinto mais distante de sua estrela mãe, e leva quase 125 dias para completar uma órbita.
Com um raio 2,8 vezes maior que o da Terra, ele faz parte de um grupo que inclui dois planetas com praticamente o mesmo porte da Terra, três "super-Terras" e dois corpos maiores.
Acredita-se que outra estrela, a HD 10180, tenha entre sete e nove planetas. Outra estrela mais distante, chamada GJ 887C também pode ter uma família de sete planetas.
Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br

terça-feira, 15 de outubro de 2013

China no espaço - Direto do Jornal da Ciência

JC e-mail 4834, de 15 de outubro de 2013
15. China mantém sonho espacial, 10 anos após missão do primeiro "taikonauta"
O rápido desenvolvimento do programa espacial chinês contrasta profundamente com o dos Estados Unidos, que lançou seu último foguete espacial em 2011


Dez anos depois de ter enviado o primeiro astronauta ('taikonauta' em chinês) ao espaço, a China mantém seu ambicioso programa espacial, que rende ao país prestígio militar e econômico, enquanto a concorrente americana, Nasa, está paralisada por causa da crise orçamentária.

Em 15 de outubro de 2003, o astronauta Yang Liwei orbitou 14 vezes a Terra a bordo de uma nave Shenzhou 5 em 21 horas, abrindo o caminho da China para a exploração do cosmos.

Mais de 40 anos depois do voo histórico do soviético Yuri Gagarin, esta façanha fez da China o terceiro país, depois de URSS e Estados Unidos, capaz de fazer um voo espacial tripulado.

Desde então, o país enviou dez astronautas - oito homens e duas mulheres - ao espaço em cinco missões, assim como um módulo espacial colocado na órbita da Terra, o Tiangong-1. O regime, que financia este programa supervisionado pelo Exército investindo bilhões de dólares, considera que se trata de um sinal importante do novo estatuto internacional do país, de seu domínio tecnológico e também da capacidade do Partido Comunista de modificar o destino de uma nação outrora castigada pela pobreza.

Suas ambições terminarão no dia em que um chinês pisar na superfície da Lua, antecedido até o fim deste ano pelo pouso na Lua de um veículo automatizado de exploração. Uma quarta instalação de lançamento será inaugurada em dois anos, e está em construção uma estação espacial que será posta em órbita ao redor da Terra, a Tiangong-3.

Na mesma época, a Estação Espacial Internacional, desenvolvida por Estados Unidos, Europa, Rússia, Japão e Canadá, será abandonada depois de 20 anos de serviços. Essa coincidência simbólica pode refletir também o deslocamento dos centros de poder no mundo na próxima década.

O rápido desenvolvimento do programa espacial chinês contrasta profundamente com o dos Estados Unidos, que lançou seu último foguete espacial em 2011 e cujos projetos de futuro são, por enquanto, vagos.

Na semana passada, os organizadores de uma conferência da Nasa anunciaram que os funcionários não tinham mais acesso às suas mensagens eletrônicas, devido à crise orçamentária que afeta o governo americano.

Grande parte da tecnologia usada na exploração espacial tem repercussões militares, segundo especialistas. Mas a China também obteve outros benefícios, menos visíveis.

- Na Ásia, a China é considerada a líder regional da área espacial, o que rende ao país um verdadeiro prestígio militar e econômico - afirmou Joan Johnson-Freese, encarregada de assuntos de segurança no Colégio de Guerra da Marinha em Newport, e especialista em atividades espaciais chinesas.

A China ainda está longe das conquistas de Estados Unidos e da ex-União Soviética - embora tenha aprendido com os dois - e faltam anos para o lançamento de sua estação espacial.

Enquanto isso, Yang Liwei, general e vice-diretor da Agência Chinesa encarregada de programas tripulados, atualmente recebe solicitações de países em vias de desenvolvimento que querem enviar astronautas à órbita do planeta.

- Gostaríamos de treinar astronautas de outros países e organizações que têm esta demanda e adoraríamos realizar missões para astronautas estrangeiros - declarou, em setembro, durante um seminário em Pequim organizado pela ONU e pela China sobre tecnologia espacial.

O Paquistão já indicou que quer estar entre os primeiros. O programa espacial chinês, previsto para os próximos 30 anos, se baseia em "uma vontade política que não tem que responder a um eleitorado para perdurar, algo que, evidentemente é muito mais difícil para as democracias", afirmou Johnson-Freese.

(Zero Hora com informações da AFP)